PORQUE É QUE AS NOIVAS USAM UM PÉNIS ARTIFICIAL NA CABEÇA,
NAS DESPEDIDAS DE SOLTEIRA?
Tenho adiado tocar nesta questão, por ter resolvido fazer um levantamento exaustivo de opiniões femininas acerca do assunto. Vocês sabem o que me custou interromper jantares de despedidas de solteira, danças do véu e brindes de sangria só para que todos possamos viver mais esclarecidos? Que eu tenha contado: um olho amorado, uma canela partida e pelo menos 300 potenciais espécimes do sexo feminino, perfeitamente saudáveis, livres e desimpedidas. Mas podia ter sido pior: Se por exemplo, no sábado à noite uma noiva desgovernada, a rondar os 150 kgs me tem acertado com aquela joelhada nas partes baixas.
Quanto à questão propriamente dita, sobre o uso do tal pénis artificial na cabeça, e apesar da lógica nestas coisas nem sempre imperar, eu diria que à primeira vista, parece obvio que se explicará por ser um assunto que de facto não sai da cabeça de algumas noivas. Há falta de melhor… Se quisermos tentar uma explicação mais profunda e subconsciente, invocamos o Freud que estava habituado a estas problemáticas e diríamos que é claramente o complexo da castração: segundo o Freud, as mulheres passam a vida à procura do pénis que não possuem (e todos nós sabemos como há tantas que não param nunca de o procurar, certo?). O facto de neste caso, o pénis ser artificial é completamente irrelevante uma vez que: Não há outro, está ali e é delas. E já agora, o tal pénis na cabeça também não funcionará como um farol? Uma iluminação fálica para que uma catrefada de mulheres não se perca, numa noite de excessos e sem homens? (Ok, os strippers masculinos não contam. E catrefada talvez não será o termo certo para designar um conjunto de: “amigas de noiva”, cuja única preocupação é fazerem com que esta tenha uma noite o mais alcoólica e humilhante possível.)
Mas se há uma necessidade real de um pénis, não haverá outros sítios (mais estimulantes que a cabeça) onde usar o tal pénis? Aposto que o José Castelo Branco quando fez a despedida de solteiro dele não usou nenhum pénis na cabeça! (Cá está a piadinha fácil, pensará o sagaz leitor.) O que é que as mulheres diriam dos homens, se andássemos para aí a meter vaginas na cabeça, hem? (Podia agora tentar um trocadilho de vaginas na cabeça ou cabeças na vagina mas é melhor não.)
Eu acho que se alguém tem mesmo que usar um pénis na cabeça, que sejam as mulheres solteiras e sozinhas a faze-lo! Isso sim, fazia sentido: além de sinalizar convenientemente as disponíveis e evitar as situações embaraçosas de abordar mulheres cujos namorados foram apenas à casa-de-banho, no fundo, seria um gesto de afirmação, como se estivessem a dizer, “Tu aí! Estás a ver?, é uma coisa deste género que eu ando à procura! És gajo para me desenrrascar?”.
Por ter empregue o termo “pénis”, abusiva e excessivamente neste post, comprometo-me a não voltar utiliza-lo (o termo, claro) nos tempos mais próximos. A não ser que as audiências do Bidé baixem abruptamente.