Hoje é dia das nomeações para os Óscares e o mais difícil é escolher entre tantos filmes.
Por cá, cada vez que estreia um filme português ainda é um acontecimento. Por isso, a propósito do filme “Portugal S.A.”, que estreia agora, deu-me para pensar seriamente no tema e cheguei à conclusão que o cinema português só tem 3 categorias de filmes. A saber:
Primeira Categoria: Incluem-se todos aqueles filmes pseudo-intelectuais que mostram “uma certa visão do mundo” que – obviamente - ninguém está interessado em conhecer. Perante este tipo de filmes, apetece sempre perguntar, “mas quem é que raio se lembrou, de dar um subsídio a isto?”. Também há quem chame a esta categoria, “cinema de autor”. A explicação que eu encontro é a de que o autor deve ser o único que consegue ver um filmes destes até ao fim.
Segunda Categoria: Filmes do Manoel de Oliveira. Ponto final parágrafo.
Terceira Categoria: Todos os outros filmes que supostamente têm intenções comerciais. E para o provar, os guionistas não perdem uma boa oportunidade de incluir a palavra “merda” em quase todos os diálogos. Não sei quem é que se lembrou de convencionar que é assim, mas a verdade é que em Portugal filme que quer vender e ser visto, tem que ser um “filme de merda”. Ficaram pois, para a história do cinema português, grandes e inesquecíveis frases como, “Eu amo-te merda!” ou ainda “merda, nunca mais te vens”. Ora, eu ainda não vi o “Portugal S.A.”, mas já passa o trailer na rádio e na televisão, e lá está, mais uma cena com a frase que vai fazer disparar o número de espectadores nas salas de cinema, “Estou a ficar farto deste país de merda”. Muito bem, aposto que o filme será um sucesso. Eu só tinha feito uma ligeira alteração: Estou a ficar farto deste país onde só se fazem filmes de merda.