Hoje resolvi falar de um assunto que, estou quase certo, nunca ninguém abordou na Blogosfera: a Tesão de Mijo. (a)
Então pensei: Não estará na altura de alguém ousar quebrar um dos últimos tabus da intimidade? Sendo este um acontecimento tão recorrente na vida dos homens, não se justifica já que alguém se decida a tecer umas considerações sobre o assunto? E as mulheres, saberão efectivamente de que é que eu estou a falar?
Bom, sendo assim cá vai disto. A Tesão de Mijo, primeiro que tudo, é uma expressão bastante infeliz usada em situações ainda mais infelizes (os mais sensíveis ou aqueles que não gostarem de ler calão, podem sempre pensar que, se “esta coisa” tiver nome cientifico, não deve andar muito longe de “Erecção de Urina” o que, pessoalmente, me soa bem pior).
Mas a Tesão de Mijo é acima de tudo um fenómeno tão real quanto burlesco, que normalmente ataca o homem durante a noite ou pela manhã. Deduzo eu, que a primeira parte da coisa acontece devido ao quentinho e ao conforto do leito, e a segunda parte é o que sucede muitas vezes, especialmente, a quem bebeu umas litradas de cerveja.
Mas este fenómeno, de tão singular, merece ser analisado nas suas diversas dimensões:
DIMENSÃO DOIS EM UM: Como é fácil de perceber pelo nome, a Tesão de Mijo é uma mistura estranha de duas das mais básicas necessidade do homem.
DIMENSÃO TRÁGICA: Sendo uma miscelânea de duas necessidades, impede por isso, a realização de qualquer uma das duas em condições.
DIMENSÃO OPTIMISTA: Há uma corrente de pensamento que defende que, depois de descarregada a segunda parte do fenómeno, se pode aproveitar a primeira, com um grau de dureza e durabilidade bastante assinalável.
DIMENSÃO MENOS OPTIMISTA: Isto, se estiver disposto a esquecer o ardor.
DIMENSÃO TRÁGICÓMICA: É mais fácil perceber esta dimensão se imaginarem um tipo, às quatro da manhã, completamente ensonado, tentando manter pelo menos um olho aberto, enquanto mija em arco, a um metro e meio de distância da sanita, esforçando-se por acertar na mesma.
DIMENSÃO IGUALMENTE TRÁGICÓMICA: Igual à anterior, mas desta feita o indivíduo, em vez de tentar o método da distância em relação à sanita, opta por dobrar a barriga o mais que puder, afim de agarrar árdua e dolorosamente a pique, na vertical, o falo intumescido.
Resta-me acrescentar que apesar deste fenómeno não ser lá muito agradável, poderia ser ainda motivo de maior embaraço: Imaginem, que esta despropositada excitação, em vez de, como na maioria das vezes, acontecer no recato do lar, ocorresse, sempre que se saísse à noite e se bebesse uns copos. Aí sim, uma qualquer companhia feminina podia dar outra DIMENSÃO a uma certa frase feita e dizer, “Tens uma arma no bolso, estás contente por me ver ou achas a cerveja assim tão boa?”.
(a) Escrevo este fenómeno no feminino e com letra maiúscula porque gosto de pensar nele como quase todas as catástrofes naturais: dão-se sempre nomes próprios e de alguma forma, fazem-me invariavelmente lembrar as mulheres...