Tive a feliz oportunidade de recentemente, ter visto no programa do Conan O’ Brian, uma entrevista a uma certa sexóloga. E digo feliz oportunidade porque nessa entrevista, fiquei a saber que há quem dê cursos para ensinar os homens a terem orgasmos de uma hora. Isto é completamente verdade! Muito bem, o que eu gostava mesmo de dizer a essa senhora era: Minha senhora, orgasmos de uma hora? Mas em que mundo é que a senhora vive, hum?? Alguém tem tempo para isso nos dias que correm??? E o que é que fazem as mulheres durante esse tempo, ficam ali especadas a apreciar ou entretêm-se com bordados? Mais: se a maioria dos homens depois de um orgasmo de breves segundos já tomba instantaneamente para o lado e começa a ressonar, o que é que lhe aconteceria após um de uma hora? Hibernava? Mumificava? Ficava pronto para ser embalsamado? Haja decoro.
A mesma sexóloga durante a entrevista, explicou ainda, que se há tantos casais que têm problemas, isso fica a dever-se em grande parte ao facto, de muitos homens não conhecerem a morfologia da vulva (sim eu sei, a expressão é bem bonita. Só é pena não ser minha). Os homens não observam e analisam convenientemente o sexo das suas parceiras (e assim se prova que nós, quando temos uma mulher nas mãos, a maioria das vezes não conseguimos agir da melhor forma. Depois claro, escapa-se-nos entre os dedos). Ainda segundo a própria sexóloga, parece que há certos indivíduos, que quando andam a vasculhar na cave, conseguem estar afastados das áreas de prazer alguns 4 centímetros. Bem, ainda dizem que a distância não importa. Haja discernimento.
De qualquer forma neste aspecto tenho de concordar com ela. É que se há coisa mais complicada que as mulheres, só mesmo o próprio sexo delas. Mas há por aí algum tipo que pense que sabe verdadeiramente tudo, sobre o sexo das mulheres? Não me interpretem mal, eu quase sempre também acho que sei, só que de um momento para o outro, a nossa lógica pode ser deitada por terra. Leiam lá se nunca vos aconteceu algo do género: Estão na cama com uma mulher. Estão a imaginar? Ok, já chega! Bom, está tudo a correr bem, vocês estão a fazer o reconhecimento territorial digitalizado o melhor que sabem e elas, “Ó sim, sim, isso, isso…” e logo a seguir, “Ó não, aí não…”, “Mas eu já mudei de sítio?! Fui pra muito longe, ou quê?”. A seguir dizemos, “E que tal assim mor?”, e elas “Isso, isso, mais pra cima, aí não, mais pra baixo!”, “Quer dizer, ainda agora estava bom, agora já não está, depois já está bom outra vez... Ó pá decide-te, quem é que se consegue concentrar desta maneira? Olha que eu lavo daqui as minhas mãos, e vou-me embora!”.
Estive a pensar muito neste assunto tão preocupante e cheguei a uma conclusão: O ideal era cada mulher trazer sempre consigo, na malinha, UM MAPA DO SEU SEXO, PERSONALIZADO E TRANSMISSÍVEL. Ali, no mapa, tudo bem assinaladinho: as “cidades” com mais importância, depois as “vilas” e depois as “aldeias” sem interesse praticamente nenhum. Isto é que era a verdadeira época pós-moderna! Que é que acham? Ela chegava, tratava de nos passar logo o mapa para a mão. Dizia, “Aqui tens o mapa, não o sujes que não tenho mais cópias”, e nós em cinco minutitos olhávamos bem para ele, estudávamos a coisa, “Ah, então Lisboa é aqui! Eh, eh, eh, muito bem! Então mas isto é só Carrazeda de Ansiães? Engraçado. Olha o Porto e Gaia! Curioso!”.
Haja bom senso. O mundo não poderia ser um sítio mais feliz e hospitaleiro para todos?