Pois é minhas amigas e amigos, se não estiveram ontem na Fnac do Colombo, para o lançamento do Leituras de Casa de Banho e pensavam que se livravam do evento assim com tanta facilidade, estão muito enganados. Estou aqui para fazer um resumo do que aconteceu por lá e ninguém me vai impedir.
Primeiro falou a Rita Granha, da Editora Palavra, que apresentou o autor (ou neste caso eu) e relembrou aos presentes que no meu livro, encontrarão todas as respostas, àquelas que são as grandes questões que sempre intrigaram a Humanidade (como por exemplo: “Porque é Que os Homens Nunca Tiram as Meias Durante o Sexo?, ou até, “Porque é Que as Mulheres Vão Duas a Duas à Casa de Banho?”).
Depois, falou o escritor (ou neste caso eu). Disse, “Boa tarde, gostava de me apresentar visto que há aqui muita gente que não me conhece. O meu nome é Nuno Gervásio. No entanto, alguns podem já ter-me visto, em filmes como, “Ali Babá e as 40 Ninfomaniacas” ou até mesmo, “O Canhão Lusitano”, Um e Dois. Não, estou a brincar. Só participei no primeiro.” E continuei, “Sou também o autor deste livro que aqui vêem. Quero desde já pedir-vos desculpa por isso. Não sei se me conseguirão algum dia perdoar”.
Bom, depois havia mais que eu queria dizer mas como estou muito mais habituado a falar em púbico que em público, pedi ao meu grande amigo Marco Horácio que me a ajudasse a dizer algumas das coisas que eu achava importante os convidados saberem.
Então, entre outras coisas, o Marco Horácio disse mais ou menos isto:
Boa tarde a todos. O meu nome é Nuno Gervásio. Para aqueles que ainda não me conheciam, é verdade, confirma-se, eu sou um homem lindo.
Nasci em Leiria, tenho vinte e nove anos. Sou solteiro e... heterossexual. Eu sei que isto pode ser uma surpresa para muita gente, estar agora a chegar ao meio artístico e assumir-me logo assim como heterossexual, mas acho que já é altura de se acabar com os preconceitos em relação aos heterossexuais e as verdades são para ser ditas...
E etecéteras...
Depois houve uma entrevista do próprio Marco Horácio ao enorme/pequeno humorista Manuel Marques, que curiosamente foi o primeiro homem a ler este livro e partilhou com todos nós o seu testemunho.
Logo após, fizeram-se umas leituras do livro. Excepcionalmente não na casa de banho, por questões logísticas e porque era complicado levar toda a gente para lá, até porque o auditório da Fnac estava cheio.
Primeiro, a grande actriz Carla Vasconcelos brindou-nos com a sua voz, lendo um dos textos mais refinados e literários do livro: “Porque é Que os Homens Tanto Coçam os Tomates em Público?” (pag. 48/9)
Depois foi a vez do grandessíssimo e reverendíssimo Nuno Markl, que leu o “Amigo Especial das Mulheres” (pag. 20/1/2) e que falou a todos, da experiência inolvidável de ter escrito em conjunto comigo, amelhor sitcom portuguesa de todos os tempos! Sitcom essa, que ainda ninguém teve oportunidade de ver e que permanece esperançosamente na SIC, à espera de melhores dias.
No final, o actor revelação da tarde, André Nunes, surge do meio da audiência estupefacta, de muletas, anel cervical no pescoço, ligaduras, pensos e gesso, e brindou-nos brilhantemente com um número de Sit-Down Comedy, intitulado “A Namorada Sadomasoquista” (algo semelhante a isso nas pag. 109/10/11).
Para o final, estava reservada a parte sempre chata, em que o autor está terrivelmente nervoso mas ainda assim tem de fazer os agradecimentos da praxe e, apesar dos flashs e do stress, ainda consegue arranjar discernimento para, “dedicar o Leituras de Casa de Banho, àqueles que constantemente e a minha vida inteira, sempre me têm dito, Ó Gervásio, pá, tu só tens ideias de merda! Eles tinham razão! Está aqui a prova! Eles é que foram os visionários! Obrigado por me terem aberto os olhos.”
E assim aconteceu. Em breve, fotografias do evento para se martirizarem um pouco, por terem faltado a este grande espectáculo. Estiveram todos tão bem, que se o autor (ou neste caso eu), não tivesse aparecido por lá para estragar tudo, isso sim, tinha sido um final de tarde perfeito.
Uma vez mais agradeço a todos os que contribuíram, participaram e partilharam este dia tão importante para mim. Vocês sabem que quem é que eu estou a falar. Mas nunca é demais repetir: Obrigado. Obrigado.