O meu silêncio deve-se sobretudo ao facto de me encontrar por estes dias quentes, fechado em casa, no escuro, boquiaberto e num avançado estado de estupefacção. Estou assim porque, alegadamente, o Abrupto foi vítima de pirataria.
Reconheço que quando esta notícia me chegou aos ouvidos, não lhe dei a devida importância (é sem dúvida a mais preocupante desde o surgimento da blogosfera!), mas depois, fiquei irremediavelmente consternado quando tive a oportunidade de ler no Diário Digital que os leitores do Abrupto “em vez de encontrarem os comentários do social-democrata, encontraram um blogue diferente, sem textos, e com anúncios a Viagra”.
Das duas, uma: ou estamos perante um atentado vil e torpe que visa o mais profícuo blogger do mundo, quiçá da Europa (e aí meus amigos, este acto será merecedor de uma vigorosa retaliação da parte do lesado com mais uma série de quadros da Galeria Nacional Húngara, poemas logo pela manhã e umas boas dezenas dos seus retratos de gente que trabalha nos mais recônditos locais do mundo, nomeadamente na lota de Matosinhos); ou então - e até me tremem os dedos só de escrever isto - o Pacheco Pereira, por ascese, atingiu um patamar tão avançado na sua produção bloguística que agora até o seu subconsciente já escreve posts no Abrupto.
Ainda não sei qual destas hipóteses me deixa mais deprimido...
W. said...
Boquiaberto, estupefacção, alegadamente, surgimento, irremediavelmente, consternado, vil, torpe, profícuo, retaliação, recônditos, ascese... Definitivamente, os meus amigos bloguísticos esmagam-me com conhecimentos! Agora com licença, tenho que ir consultar o dicionário. Pedro Duarte said...
Piratas ?!
Tretas !
O Pacheco é que quer ganhar uns cobres no tráfego de Viagra ;)